Luta sem trégua: em audiência pública na CFFC, Hildo Rocha pede reabertura de agências do Banco do Brasil
Persistente, incansável, produtiva. Assim tem sido a luta liderada pelo deputado federal Hildo Rocha em defesa dos usuários do Banco do Brasil. A ação mais recente aconteceu durante Audiência Pública no âmbito da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) da Câmara dos Deputados que debateu o fechamento de agências da maior instituição financeira pública do país.
“Só no Maranhão foram fechadas oito agências. A do Cohatrac, por exemplo, foi fechada poucos dias após ter sido totalmente reformada. A desativação da unidade aconteceu sem nenhum comunicado, sem diálogo com o público que utiliza a agência. Ficou muito ruim, ninguém entendeu o que houve, não dá para entender o fechamento dessa agência”, destacou o parlamentar.
Visitas técnicas e audiências públicas
Hildo Rocha fez um breve relato acerca das visitas técnicas e debates que foram realizados nos estados do Maranhão, Rio Grande do Norte e Alagoas, quando foram ouvidos usuários do Banco, prefeitos de municípios afetados, autoridades estaduais, federais e municipais, diretores da instituição e representantes de sindicatos dos bancários.
“Após esse trabalho, chegamos à conclusão de que o fechamento das agências causa efeitos devastadores na economia dos municípios e ocasionam angústia e sofrimento para os usuários do banco, principalmente para os idosos que, na maioria das vezes, ainda não utilizam as plataformas digitais que o banco disponibiliza. Além disso, algumas das agências que foram fechadas são lucrativas”, enfatizou Hildo Rocha.
Desta vez, a Comissão convidou o Diretor de Atendimento e Canais do Banco do Brasil, Thompson Soares. O prefeito de Manaquiri (AM) e vice-presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Jair Aguiar Souto também participou dos debates.
Correspondentes bancários
De acordo com o deputado Hildo Rocha, as unidades que atuam como correspondentes bancários não realizam todas as operações que podem ser feitas nas agências físicas do Banco do Brasil. “Devemos considerar que o Banco do Brasil tem uma função social relevante que não deve ser colocada em segundo plano em detrimento de questões relativas ao mercado financeiro e aos lucros da instituição”, sublinhou o deputado.
Qual é a verdadeira motivação?
Hildo Rocha perguntou ao Diretor de Atendimento e Canais do Banco do Brasil, Thompson Soares, se o fechamento das agencias seria um passo preparatório para uma possível desestatização do Banco do Brasil. “Essa é a motivação? O Banco do Brasil pretende dar continuidade ao processo de fechamento de agências? Há possibilidade de reabrir as agências que foram desativadas?”, questionou.
Apelo em prol da reabertura das agências
Ao final da audiência, após ouvir os argumentos do representante do Banco do Brasil, o deputado Hildo Rocha fez novo apelo na tentativa de sensibilizar a diretoria da instituição e rever a decisão que originou o fechamento de agências no Maranhão e em todo o território nacional.
“Quero pedir ao Dr. Thompson, que faça um estudo, junto com a diretoria, para verificar se pelo menos boa parte das agências que foram fechadas possam ser reabertas. A maioria das unidades desativadas são lucrativas e possuem uma clientela muito grande. Portanto, devem ser reativadas”, declarou Hildo Rocha.
Desafios
Thompson Soares lembrou que as mudanças foram iniciadas em 11 de janeiro deste ano e concluídas em 17 de maio. De acordo com Soares, em nenhum local onde houve fechamento de agencias deixou de existir atendimentos feitos por correspondentes bancários credenciados pelo Banco do Brasil. O diretor também ressaltou que a instituição está disposta ouvir a sociedade e entender as oportunidades que sejam viáveis dentro dos padrões negociais que o Banco opera.
“O grande desafio é conciliar mudanças com as diferenças regionais. A proximidade com a comunidade, com prefeitos, empresários, e associações podem agregar bastante valor nessa discussão. Queremos chegar no Brasil inteiro, em todos os clientes, em todos os perfis para fazer negócios, viabilizar operações e levar valor no Brasil. Tem possibilidade de abrirmos novos pontos de atendimento. O modelo e o tipo de negócio e de estrutura a própria comunidade, os prefeitos e os empresários, junto com nossos superintendentes vão definir dentro de uma visão de qual é o canal adequados para aquela região”, explicou Thompson Soares.
Assessoria