Hildo Rocha enaltece méritos de Maria Firmina dos Reis e Viriato Correia, negros maranhenses homenageados na exposição “A História do Brasil tem cor!”
Em pronunciamento na tribuna da Câmara, o deputado Hildo Rocha destacou méritos e conquistas relevantes alcançadas por negros maranhenses que foram pioneiros na quebra de barreiras impostas pelo preconceito e pela discriminação racial no Brasil: Maria Firmina dos Reis e Viriato Correia, personalidades que foram homenageadas na exposição “A História do Brasil tem cor!”.
A ludovicense Maria Firmina dos Reis, autora do famoso romance Úrsula, foi também a primeira mulher a ocupar cargo, por meio de concurso público para professora da rede pública de ensino do Estado do Maranhão e o pirapemense Viriato Correia, primeiro negro a ocupar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras. Além de escritor, Viriato Correia exerceu os cargos de deputado federal e deputado estadual do Maranhão.
“Fiquei muito feliz e me senti honrado por ver essas duas personalidades do Maranhão sendo lembradas e merecidamente homenageadas por intermédio desse importante mostra promovida pelo Poder Legislativo. Portanto, parabenizo a Câmara dos Deputados por essa excelente iniciativa”, declarou Hildo Rocha.
Além dos maranhenses Maria Firmina e Viriato Correia, a mostra destaca a história e o legado de Tereza de Benguela, mulher negra e insurgente que, no século XVIII, liderou o Quilombo do Quariterê, localizado no atual Estado de Mato Grosso.
Também apresenta protagonistas negros que se destacaram em diversas áreas no Brasil, como o presidente Nilo Peçanha (1867─1924); o deputado Monteiro Lopes (1867─1910); o dramaturgo Abdias Nascimento (1914─2011); o compositor Pixinguinha (1897─1973); a cantora Clementina de Jesus (1901─1987); o escultor Aleijadinho (1730─1814); a atriz Ruth de Souza (1921─2019); o geógrafo Milton Santos (1926─2000); a historiadora Lélia Gonzalez (1935–1994) e a administradora Nina Silva (1980─), entre outros.
A exposição fala ainda da criação da Comissão Externa de Parlamentares que acompanhou a investigação do assassinato de João Alberto Freitas, negro morto por seguranças de uma rede de supermercados em Porto Alegre.
Alguns dos desdobramentos dos trabalhos da Comissão foram a aprovação da Convenção Interamericana contra o Racismo, a Discriminação Racial e Formas Correlatas de Intolerância da Organização dos Estados Americanos (OEA) e a criação da Comissão de Juristas Negros, destinada a debater o aperfeiçoamento da legislação de combate ao racismo estrutural e institucional no Brasil (grupo instituído por Ato do Presidente da Câmara em dezembro de 2020).
A iniciativa faz parte das comemorações alusivas ao Dia da Consciência Negra e reforça que a história dos negros e negras brasileiros é uma narrativa de resistência, um legado forjado nos quilombos que inspira a luta por igualdade racial e o combate às agruras derivadas do racismo.
Instalada no Corredor Tereza de Benguela (corredor de acesso ao Plenário e às Comissões, a mostra “A História do Brasil tem cor!” fica em cartaz até o dia 31/12. A exposição tem curadoria dos servidores da Câmara dos Deputados, Joanita Nascimento, Raphael Cavalcante e Ricardo Oriá.
Assessoria