Dr. Gildásio, “estou estarrecido com o descaso na Saúde pública de Amarante”
“Vejo com tristeza a situação do Centro de Parto Normal, o CAPS e o SAMU, obras conquistadas, executadas e concluídas”.
Jota Soares/FonteAN
Dr. Gildásio Chaves, médico Cirurgião, filho de Amarante, relata para o portal FonteAN, informação surpreendente na saúde no município.
Vejo com tristeza a situação do centro de parto normal. Uma obra conquistada, executada, concluída, equipada, inaugurada no final do mandato da prefeita Adriana Ribeiro e depois inaugurada novamente no início do mandato da gestão atual.
Um ambiente perfeito para o atendimento a gestante e ao recém-nascido com conforto e segurança num parto normal assistido e humanizado com a presença do médico obstetra, enfermeiro obstetra, técnico de enfermagem capacitado, uma equipe multidisciplinar completa para dar assistência ao parto normal.
Essa estrutura toda está servindo de depósito, almoxarifado do hospital municipal e da secretaria de saúde. Enquanto isso os recursos de manutenção desse serviço estão entrando mensalmente nas contas da secretaria de saúde e o descaso acontecendo no hospital com prejuízos irreparáveis como perdas de recém-nascidos por falta de assistência ao parto. E o município quase perdendo esse convênio com o ministério da saúde por receber os recursos, não executar os serviços, não atingir as metas, não prestar contas porque não tem como comprovar o que não foi executado. Lamentável! E o pior de tudo, o prejuízo pesa na cabeça de quem precisa desse serviço e é vítima desse descaso que é a população, sobretudo a mais carente.
CAPS
Vejo também a situação do CAPS (centro de atendimento psicossocial) construído, equipado e inaugurado no finzinho da gestão da Prefeita Adriana, que serviria para o atendimento ao portador de doença mental, dependentes químicos, etc. Continua também fechado e a população que precisa desses serviços e o município como um todo no prejuízo. Esse programa de saúde pública também é mantido pelo ministério da saúde para a contratação de médico psiquiatra, assistente social, psicólogos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, remédios. E todo mês o recurso entra nas contas da secretaria para a manutenção desses serviços. E quem está no prejuízo é a população que usaria esses serviços, sobretudo a mais carente do município.
SAMU
O SAMU é um outro programa extremamente necessário no município, vem se arrastando em passos de jabuti, sem médicos, enfermeiros, técnicos capacitados como socorristas para socorrer com técnica, rapidez, eficiência e resolutividade uma vítima fatal até chegar ao hospital, seja de acidente, doença cardíaca ou outras situações graves em que o primeiro atendimento na sua grande maioria é o que garante a vida da vítima. Ambulâncias quebradas etc. O dinheiro entrando mensalmente nas contas da secretaria de saúde sem a prestação dos serviços como manda as normas do programa, o município de Amarante poderá perder também o SAMU.
Se o município de Amarante perder essas conquistas que custaram muitas viagens a São Luís, Brasília, muitos embates políticos e disputas com outros municípios até maiores que o nosso, aí será mesmo o fim e será um verdadeiro Deus nos acuda.
Dr. Gildásio Chaves, médico cirurgião filho de Amarante – MA
