42 dias viajando a pé, Edilson conclui desafio e chega Fortaleza no Ceará

Nem a família e os amigos acreditavam que enfrentaria tamanha caminhada, diz Edilsão.

Jota Saores/FonteAN

Expectativas por familiares e amigos do seu Edilson, aguardam para comemorar a chegado do guerreiro aventureiro que enfrentou os desafios e superou as expectativas.

O idoso agricultor e piscicultor de 80 anos, Edison Lima de Azevedo (Edilsão), conclui desafio de viajar de Amarante do Maranhão até Fortaleza no Ceará. Ele saiu de Amarante dia 01 de maio e viajou mais de 1.100 km até chegar em Fortaleza, segunda-feira 11 de junho.

Edilson, no início da viagem. Foto reprodução: FonteAN

Segundo Edilson (Edilsão), Ele saiu de Amarante sozinho, com dez dia de viagem a família percebeu que não desistia e mandou uma pessoa amigo da família para acompanhar e da assistência na viagem. A meta era para estar em Fortaleza dia 15 de junho, fazendo 25 quilômetros por dia em 5:hs, mas como é um homem forte achou o desafio fácil e rendeu mais, andou mais de 30 km por dia. “Já fiz até 37 km entre uma manhã e uma tarde”, conta.

A motivação de Edilson para enfrentar o desafio veio de amigos do idoso, segundo Ele, já tinha feito algumas caminhadas, algumas chegando à 120 km, queria algo maior, mais desafiador, aí um amigo desafiou ir a pé até o Ceará, terra natal. “Ele ainda disse que, se eu fosse, ele me acompanhava. Quando foi no dia da partida, em 1º de maio as 06hs da manhã, ele desistiu e vim sozinho, como tinha prometido.”

Edilson, na estrada. Foto reprodução: FonteAN

Edílson (Edilsão)conta que sempre foi acostumado a desafios, teve uma vida difícil e atividades árduas desde a infância. “Essa caminhada nem é o desafio mais difícil que eu tive; quando era criança, com 10 anos, plantei uma roça sozinho: limpei o terreno, plantei e colhi”, conta.

Durante aventura ele recebia ajuda de pessoas com alimentos e água, com quem faz amizade durante a viagem. Em alguns casos, janta e dormida na casa de quem oferecia apoio. Ele também contou com o suporte de um amigo recomendado pela sua família, que garantiu assistência de alimentação no meio do caminho entre cidades mais distantes.


Seu Edílson, (Edilsão), realizou o sonho de fazer o trajeto a pé de volta ao Ceará. Mesmo trajeto que fez com seus pais em 1939 quando tinha um ano de nascido para o Maranhão. “Meus pais vieram a pé para o Maranhão, eu vim no lombo de um jegue e minha irmã mais nova nos braços dos meus pais. Se meus pais conseguiram numa situação muito mais difícil, por que não vou conseguir?”

O idoso contou a reportagem do G1 CE, que ao longo dos quilômetros percorridos, fez várias amizades. “Eu saí de casa com um saco de comida, mas nem precisei, são tantas pessoas oferecendo ajuda, comida, já me ofereceram até dinheiro e carona, mas esses eu recusei. Tem também as pessoas antipáticas, que negam um copo d’água, mas essas são minoria.

“Teve um caso de uma pessoa de Teresina que me encontrei com ele ainda no Maranhão. Ele disse que quando estivesse em Teresina, procurasse ajuda dele, e ele ajudou mesmo. Fui na casa dele, ele me deu janta e ele e a mulher dele me deram o único quarto da casa com ar-condicionado pra eu dormir. Foi a maior generosidade que recebi nessa caminhada”, agradece Edílson.
Edílson conta ao G1 CE que, de todas as ofertas que recebeu nas estradas, ele recusou apenas carona, passagens de ônibus e dinheiro. “Algumas pessoas querem me dar dinheiro para comprar passagem, outros oferecem [o tíquete de] viagem, mas depois que eu explico que estou andando porque quero mesmo, e não por obrigação, eles entendem.”

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